Às vezes reparo pelo canto de olho um sorriso meu meio aparvalhado, reflectido num dos espelhos espalhados cá por casa, causado invariavelmente pelas actividades mais banais e obvias que a minha filha repete vezes sem conta no decorrer do dia. Fico idiotamente feliz a observa-lá a esforçar-se para chegar ao brinquedo favorito. Fascino-me pela agilidade das suas mãozinhas gorduchas e fofas que querem mexer em tudo, explorar, apalpar e invariavelmente levar tudo à boca para provar. Fico embriagada pelo cheiro da penugem que tem na cabeça. Consigo estar horas com a maquina fotográfica em punho só para conseguir apanhar um momento e angulo ideal que consiga transmitir milésima parte daquilo que sinto por ela e acabo por nunca consegui-lo! Simplesmente olho para ela e sinto que é a coisa mais bonita que alguma vez vi neste mundo ou imaginei nos meus sonhos...
To be continued