Impressões sobre pensamentos, sentimentos e acontecimentos; sobre vida em si, sobre tudo, sobre nada...
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Impressões sobre saudade
Alguma vez lhe aconteceu ter saudades de algo com que se despediu sem qualquer arrependimento, tendo a certeza que essa despedida apenas lhe trazia benefícios? Se sim, sabe como é amarga a sensação de impotência perante a impossibilidade de fazer com que o tempo faça reversão de marcha e tudo que foi dito e feito possa ser apagado e esquecido como se fosse um jogo de faz de conta. Se alguma vez lhe aconteceu, já sentiu então naqueles momentos mais íntimos de melancolia,
esse característico ardor de arrependimento a subir com fervor pela espinha até chegar ate ao canto mais obscuro e longínquo da alma e instalar-se aí como um verme. São esses momentos que nos fazem perceber como é assustadora a condenação do nunca, do nunca mais. A dureza da inevitabilidade do mais intemporal dos advérbios é capaz de nos levar ao desespero, à tristeza profunda e à amargura, perante o facto de perceber que a pessoa que não demos devido valor, foi das coisas mais preciosas que alguma vez tivemos na vida...
To be continued...someday...
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7 comentários:
Dentro de tanto azar, esse gajo acaba por ser o maior dos sortudos... azarados.
Irá continuar a sofrer esse mágoa toda enquanto não sentir o peso dessa importância bem como uma enorme impotência por se saber precioso sem saber como retribuir.
"Nunca" é apenas uma eutanásia mais que perfeita e conveniente.
Deve ser frustrante saber-se que se é querido sem se poder fazer nada...
não tanto pelo tema mas mais por algumas palavras contidas e na frase "A dureza da inevitabilidade do mais intemporal" lembrei-me deste poema:
Os dias passam calmos
regato lento
na sombra fresca
de uma tarde de Verão.
Os dias passam calmos
sem fim, sem propósito.
Apenas o infinito do tempo os perpetua.
Aqui, além,
uma pedra para contornar.
De novo apenas a brisa que se levanta.
O chegar ao mar é inevitável.
Igual sem igual.
Todos os destinos já têm destino...
ok nao e' bonito mas e' "inevitavel" :-) "j"
É bonito e ainda bem que foi inevitavel! :)
gostei do teu blogue
Visita-me no meu peito
mesmo a despeito do
despeito
que se apoderou de ti
no meu peito
adubado e mondado
cresce um suave manto de musgo
para que ao pisar não te magoes.
Joaquim Marques
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